Terra que a todos seduz

Não é de todo por acaso que é conhecida como a "Cidade Maravilhosa". Segundo o Fábio, 80% da cidade é coberta por favelas e apenas os 20% restantes fazem o paraíso que conhecemos dos postais, fotografias, livros e afins. Se é verdade ou não, eu não sei, mas para além do Cristo, do Pão de Açúcar e dos outros mil encantos da cidade, até as comunidades (nome actual das favelas) dão vida, magia e uma singularidade fantástica ao Rio.

Durante esta viagem tivemos oportunidade de passar pelas 3 praias mais conhecidas do Rio: Copacabana, Ipanema e Leblon. Ok, confesso que houve uma que me desiludiu... Copacabana: pelo menos, no dia em que lá fui, a extensão do areal era mesmo muito pequena e, para irmos até à água tínhamos que descer uma "ravina" de areia. Se calhar apanhei um mau dia, mas deixou um pouco a desejar. Pode ser que passe por lá outra vez e que a minha opinião mude. Quanto a Ipanema: muito mais agradável do que Copacabana, um pôr-do-sol óptimo, um areal bastante extenso, com bastante movimento e pessoas. Leblon foi, sem dúvida, a que mais gostei: tranquila, sem tanto movimento e confusão, areal bastante agradável e óptimos banhos!

No primeiro dia passámos a manhã no Pão de Açúcar, uma das maiores marcas naturais, históricas e turísticas da cidade. Para lá chegarmos apanhámos o bondinho que permite a ligação da Praia Vermelha ao morro da Urca (onde vímos Micos - macacos pequeninos) e deste ao Pão de Açúcar. Chegando ao cume, a vista é absolutamente fantástica: tem-se uma visão soberba de 360º sobre o Rio e Niterói, sendo possível contemplar alguns marcos da cidade como Copacabana, Ipanema, Leblon, o Corcovado, a Pedra da Gávea ou o centro da cidade.

Já no segundo dia, a manhã foi passada no centro onde vimos a Escadaria Selaron, os Arcos da Lapa, a Catedral Metropolitana de São Sebastião e o bairro de Santa Teresinha. No final da tarde fomos ao Corcovado - o facto de já termos ido ao Pão de Açúcar e termos tido uma vista plena da cidade durante o dia fez com que optassemos por conhecer a versão nocturna da vista.

Claro que uma viagem deste calibre não poderia sair ilesa a qualquer tipo de acontecimento não planeado. Pois, é verdade, saímos calma e tranquilamente do centro da cidade em direcção ao Corcovado quando... puffff... pneu furado. Sim, a imagem foi mesmo essa: tudo fora do carro, Gabriel a mudar o pneu e as 4 moças a darem aquela força psicológica e moral muito importantes e sem a qual nunca ninguém conseguiria ter mudado aquele pneu xD

Mas seguindo viagem... Corcovado: o passeio turístico mais antigo do pais e eleito como uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo Moderno! Quando chegámos, o sol estava-se a começar a pôr e a vista era absolutamente fantástica: de um lado tínhamos um céu em degradê com tons de "roxo" e azul. Do outro tínhamos o pôr-do-sol onde o "roxo" era trocado por um laranja e um amarelo vivo. A vista, essa, à medida que anoitecia ia ganhando mais vida: as luzes começavam-se a acender e, ao invés do que a noite significa, parecia que a cidade começava a acordar (ok, não há cidade brasileira que adormeça, mas enfim).

No terceiro e último dia fomos levados a experimentar algo diferente: pegámos nos ténis, nas mochilas (com comida e água) e pusémo-nos a caminho, por uma trilha até ao topo do Morro dos Dois Irmãos. Uma subida de mota e uma trilha de 1.5Km era o que nos separava de mais uma vista esplendida! Atrevo-me mesmo a dizer que aquela vista superou todas as expectativas e que se ultrapassa a do Cristo.

Esta foi, sem dúvida, uma excelente viagem. Sim, ficou muita coisa por ver e fazer, mas agora há que voltar para casa e fazer os possíveis para podermos regressar ao Rio, explorarmos novos sítios e aventurarmo-nos (uma das nossas ambições é fazer asa delta ou parapente!)

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